Os 167 prefeitos
potiguares contam com a expectativa de que, em dezembro, poderão receber uma
renda extra que deve chegar a um volume equivalente a dois meses e meio de
Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por conta do leilão da cessão
onerosa da exploração do pré-sal, estima o presidente da Federação dos
Municípios (Femurn), José Leonardo Cassimiro de Araújo.
“Naldinho”, como é
conhecido o presidente da Femurn, diz que esse leilão da cessão onerosa está
previsto para ocorrer em 20 de novembro. Segundo ele, a área econômica do
governo federal prevê uma arrecadação do leilão em torno de R$ 106 bilhões, dos
quais R$ 36 bilhões vão ficar com a Petrobras, no fundo social, enquanto R$ 70
bilhões ficam com a União, que rateará 30% do volume desses recursos, meio a
meio entre estados e municípios.
Assim, explica o
presidente da Femurn, serão rateados entre estados e municípios cerca de R$ 21
bilhões, ficando, então, cerca de R$ 10,5 bilhões para serem distribuídos com
os mais de 5.600 municípios do Brasil.
Para “Naldinho”, que é
prefeito de São Paulo do Potengi, “a grosso modo, o que foi avaliado, é que
provavelmente cada município receberá de uma vez só, que é resultado desse leilão, dois FPMs e meio, o que
acontecerá nos últimos dias de dezembro ou nos primeiros dias de janeiro de
2020”.
O presidente da Femurn
exemplificou que no caso dos municípios de coeficiente 0.6, que são 96 ou
57,48% dos municípios do Rio Grande do Norte, poderão receber de recursos
extras cerca de R$ 1,28 bilhões, considerando os três repasses ocorridos em
julho, que alcançou R$ 515,79 mil para cada município de coeficiente 0.6.
Segundo ele, são
recursos que vão dar “pelo menos para pagar o que está atrasado”, porque até o
fim do ano “a ressaca de recursos será muito grande”, uma vez que julho,
agosto, setembro e outubro são os repasses mais baixos de FPM. Com esse
dinheiro, acrescentou ele, boa parte servirá para o trivial – pagar
fornecedores de bens e serviços e atualizar folha de pagamento, porque em
dezembro também é mês de pagar 13º salários.
O presidente da Femurn
fez essas estimativas por ocasião do lançamento de uma plataforma digital para
os municipios, no Fórum “O Mais RN e o Desenvolvimento Municipal”, promovido
ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).
“O Mais RN é um plano,
uma ferramenta de planejamento para o Estado e para os municípios potiguares”,
afirmou o presidente da Fiern, Amaro Sales, ao relatar que o programa “Mais RN”
foi lançado há cinco anos.
Amaro Sales chegou a
dizer, na ocasião, que se há cinco anos já tivessem sido adotadas medidas
sugeridas no “Mais RN”, o Estado não
estaria passando pela situação em que se encontra hoje, de desequilíbrio fiscal
e atraso no pagamento de salários dos servidores e a prestadores de bens e
serviços. Sales disse que o empresariado não executa políticas públicas, mas
tem o direito de sugerir: "Vamos cobrar, o papel da Fiern é cobrar
desenvolvimento”.
O Fórum contou com uma
palestra do consultor empresarial José Bezerra Marinho, que afirmou ser o “Mais
RN um Plano de Desenvolvimento também com informações vivas, atualizadas sobre
os municípios uteis, prontas para uso, alimentadas por todas a prefeituras e
funcionando como uma grande mesa de reunião digital permanente”.
Números
106 bilhões de reais
devem ser arrecadados com o leilão.
10,5 bilhões de reais
serão rateados com os municípios.
Tribuna do Norte
0 comentários:
Postar um comentário