O ministro da Economia,
Paulo Guedes, cogitou nesta quinta-feira, a saída do Brasil do Mercosul caso o
candidato da ex-presidente Cristina Kirchner vença as eleições e queira fechar
o bloco, atrapalhando o acordo com a União Europeia. “E se a Kirchner quiser
fechar (o Mercosul para acordos externos)? Se quiser fechar, a gente sai do
Mercosul. E se quiser abrir? Então vou dizer ‘bem-vinda moça, senta aí’”,
afirmou o ministro, em evento do banco Santander em São Paulo.
Guedes minimizou um
agravamento da crise no país vizinho e seu impacto para o Brasil. Segundo ele,
a indústria automotiva só é tão afetada porque a economia brasileira é muito
fechada. “Nosso foco é recuperar a nossa dinâmica de crescimento. Desde quando
o país, para crescer, precisou da Argentina? Quem disse que esse é o modelo que
a gente quer, queremos ter indústria competitiva”, disse.
O ministro afirmou que
a guerra comercial entre Estados Unidos e China não vai afetar o PIB brasileiro
e poderia, no máximo causar, alterações cambiais, que foram minimizadas por
ele. Na sua avaliação, há muito espaço para a disputa entre os dois gigantes
econômicos se estender porque as duas potências medem forças para mostrar qual
“tem o chifre mais comprido”. Para ele, os EUA vencem esta guerra porque a
economia ocidental é mais descentralizada que a oriental.
Estadão Conteúdo
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