A cúpula do PSL não
assiste inerte à movimentação de Jair Bolsonaro e de um grupo de deputados para
se distanciar do partido. Ao contrário. A direção da sigla traça, há semanas,
cenários para sobreviver sem o presidente entre seus quadros. Mais: quer sair
maior do episódio, se o desfecho for mesmo o de uma debanda puxada pelo
Planalto. Nesse caso, dirigentes da legenda, como Luciano Bivar (PSL-PE), não
descartam a perspectiva de união com outras agremiações.
O incômodo de Bolsonaro
com o PSL aumentou após a Folha revelar que, durante a apuração sobre o
laranjal na seção mineira da sigla, a PF encontrou menções à campanha dele.
“Nunca é registrado como ‘o partido do Bivar’. É sempre como ‘o partido de
Bolsonaro’”, diz uma conselheira do presidente.
Quem acompanha o
divórcio entre Bolsonaro e o PSL diz que há uma junta de advogados trabalhando
num plano para não deixar na chuva parlamentares que queiram abandonar o
partido ao lado dele. O ex-ministro do TSE Admar Gonzaga integra esse grupo.
O líder do PSL na
Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), diz que os colegas correm risco. “Não tem janela partidária, novas eleições
vão vir. Vão disputar sem dinheiro? Vão deixar o partido que tem o maior fundo
eleitoral? Bolsonaro pode não precisar, mas e eles? Esse negócio de ideologia
não vai durar quatro anos.”
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