Tedros Adhanom
Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Foto: Denis
Balibouse / Reuters
O diretor-geral da
Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta
terça-feira que há a esperança de uma vacina contra a Covid-19 se viabilizar
até o fim do ano. A declaração, que não detalhou qual dos imunizantes testados
em larga escala no mundo poderia ser comprovado como seguro e eficaz para
bloquear a infecção pelo coronavírus, foi feita na conclusão de um painel
executivo da entidade que durou dois dias.
Aos participantes,
Tedros fez menção à importância de controlar a pandemia por meio da imunizaçao:
— Nós precisamos de
vacinas. E há a esperança de que tenhamos uma até o fim deste ano. Há
esperança.
O diretor-geral da OMS
fez um apelo às lideranças mundiais para viabilizar uma imunização global.
— Especialmente no caso
das vacinas e outros produtos que estão em desenvolvimento, a ferramenta mais
importante é o comprometimento político de nossos líderes mundiais,
principalmente para a distribuição igualitaria das vacinas. Nós precisamos uns
dos outros, de solidariedade. Usaremos toda a energia que temos para combater o
coronavírus — afirmou Tedros.
Nove vacinas
experimentais integram a iniciativa Covax, coalizão coordenada pela OMS que
visa acelerar o desenvolvimento de imunizantes candidatos contra a Covid-19 e
garantir sua universalização. A aliança projeta distribuir 2 bilhões de doses
até o fim do próximo ano.
O Brasil formalizou no
fim de setembro sua adesão à Covax. Ao todo, vacinas de quatro laboratórios são
testadas em larga no país: AstraZeneca (em parceria com a Universidade de
Oxford, do Reino Unido), Sinovac Biotech (China), Pfizer/BioNTech
(EUA/Alemanha) e Johnson & Johnson (EUA/Bélgica).
Desafios
A declaração de Tedros,
no entanto, não faz referência direta à distribuição de uma vacina até dezembro
de 2020. A entidade vem alertando sistematicamente para os desafios logísticos
de uma estratégia global de vacinação. No fim de julho, o diretor do programa
de emergências em saúde da OMS, Mike Ryan, descartou que o processo de
imunização começasse antes de janeiro.
No fim de setembro, a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, declarou que mesmo uma vacina aprovada contra o Sars-CoV-2 no princípio de 2021 só alcançaria abrangência mundial em 2022. Swaminathan ponderou que pessoas pertencentes aos chamados grupos de risco devem ser priorizadas no primeiro momento.
Até o momento, 168
países já aderiram à iniciativa Covax. Os governos de potências como China,
Estados Unidos e Rússia, no entanto, escolheram ficaram de fora. Os três países
têm desenvolvido fórmulas consideradas promissoras, mas são frequentemente
acusados de politizar a pandemia.
O Globo
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