“Nós achamos que esse aumento de inflação vai se dissipar. Primeiro,
porque o presidente da Câmara [dos Deputados, Rodrigo Maia] vai aprovar o Banco
Central independente, que vai impedir que essa alta transitória de preços
prossiga. E, segundo, porque a própria suavização do auxílio emergencial, na
medida em que ele desce e recai no Bolsa Família. Essa explosão de preços de
construção civil, de alimentos, se acalma um pouco”, declarou o ministro.
Guedes criticou a
demora na aprovação de medidas que reduzam os gastos públicos e flexibilizem o
orçamento. As reformas do pacto federativo e da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) Emergencial, paradas no Senado há um ano. Entre as reformas
fiscais, dois projetos, um que desvincula recursos parados em fundos públicos e
outro que institui um plano de recuperação fiscal para estados, aguardam
votação na Câmara.
Segundo Guedes, a
equipe econômica fez sua parte enviando as propostas ao Congresso. Agora, cabe
aos parlamentares destravar a pauta e votar os textos. “É completamente
insensato, quase desonesto, ficar cobrando coisas que já estão entregues. É
muito fácil disfarçar desentendimento político passando a conta para quem já
fez a sua parte. Não cobrem da economia. Quem faz o timing das reformas é a
política. Não adianta devolver a conta para a economia”, declarou.
O ministro também pediu
empenho na aprovação da reforma tributária, que tramita em uma comissão mista
especial do Congresso. Segundo Guedes, o debate está interditado por causa de
acordos entre parlamentares da Mesa Diretora e partidos de esquerda. Ele também
disse que acordos entre legendas de esquerda estão atrapalhando o cronograma de
privatizações. “Como é que eu vou privatizar se não entra na pauta?”,
questionou.
Agência Brasil
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