A nova alta no preço
dos combustíveis foi a segunda anunciada em duas semanas. No dia 15 deste mês,
a Petrobras anunciou que o preço do diesel seria reajustado em 4%, e o da
gasolina em 3% a partir do dia seguinte.
Com a alta de 4%, o
preço médio do diesel, o combustível mais vendido do Brasil, passará a ser de
R$ 2,02 por litro. No acumulado do ano, a redução do valor é de 13,2%, segundo
informou a Petrobras.
Já o preço médio da
gasolina da Petrobras para as distribuidoras será de R$ 1,84 por litro,
acumulando no ano redução de 4,1%.
Apesar da alta das
cotações dos combustíveis da Petrobras na terça-feira, especialistas apontam a
permanência de uma defasagem ante a paridade de importação.
— Faz cerca de três
semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em
relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o
ajuste de hoje — afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria
INTL FCStone, Thadeu Silva.
— O ajuste atual foi
menos da metade do necessário para termos paridade de importação”, acrescentou
Silva, comentando que tem havido atrasos nos repasses da alta do petróleo para
os combustíveis da Petrobras.
O presidente da
Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo,
também ressaltou a defasagem nos preços ante ao mercado externo e frisou que
“as importações por agentes privados continuam inviabilizadas”.
A Petrobras defende que
seus preços seguem a chamada paridade de importação, impactada por fatores como
as cotações internacionais do petróleo e o câmbio.
O repasse dos reajustes
nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de
uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição
obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
O Globo
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