O último ato da prefeita não reeleita (agora ex-prefeita) Rosalba Ciarlini (PP) ao se despedir da Prefeitura de Mossoró, no dia passado, não poderia ser mais deselegante e vexatório. Não fez a transmissão de cargo ao sucessor Allyson Bezerra (Solidariedade), o que seria uma postura minimamente civilizada e republicana.
Servidora comissionada
esperou a chegada do novo prefeito ao Palácio da Resistência, para atender ao
formalismo. Após ser empossado em sessão solene da Câmara Municipal de Mossoró
no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, Allyson e seu vice Fernandinho caminharam
até o palácio, ao lado de dezenas de correligionários e populares.
Discursou na sacada do
prédio e conheceu o seu interior, ao lado da primeira-dama Cínthia Raquel, seu
vice Fernandinho (PSD) e vários circunstantes e auxiliares.
Poço de rancor, com
dificuldade eterna de conviver com quem lhe contraria (inclusive a imprensa) e
incapaz de lidar com o fracasso, a ex-prefeita saiu dessa história pela porta
dos fundos - numa postura esperada. Pelo menos será a de menor dano à sua
imagem combalida.
Medidas para dificultar
sucessor
Fica para trás um
rastro de medidas e ações administrativas e políticas que causará muito mais
problemas para ela adiante. Porém, com consequências mais danosas à nova administração
e à sociedade. Férias e licenças em massa a servidores da saúde, por exemplo,
podem tornar crítico o combate à pandemia da Covid-19 e endemias da época
invernosa.
Orçamento amarrado para
comprometer investimentos, atraso proposital em processos à rápida arrecadação
tributária, como no caso do IPTU, endividamento estelar da previdência própria,
atraso em pagamento de parte de salários dos servidores, dívidas com
fornecedores e prestadores de serviço, são apenas algumas das bombas entregues
por seu governo a Allyson.
O rombo nas contas
públicas caminha para ser o maior da história administrativa de Mossoró.
Paralelamente, ela não permitiu que o processo oficial de transição ocorresse
de modo a municiar o sucessor de informações, antecipadas.
Só no fim da tarde do
dia 31, representante de sua equipe de transição entregou o restante do que
seria o leque de documentos solicitados até judicialmente. Tiveram mais de 30
dias para atender às requisições e não o fizeram. Inclusive, não compareceram
nem justificaram o porquê, à última reunião marcada com a equipe de transição
do prefeito sucessor.
Enfim, comportamento
feio, deselegante e de má-fé. A aposta é que dê tudo errado para parecer que
ela é quem faz a coisa certa. Nada que se assemelhe ao slogan "Adoro
Mossoró", que adotou há tempos. Pura demagogia. Embuste. Mitômana e
ególatra, adora mesmo ser incensada por garachués e xeleléus, bem como explorar
o ente público em favor próprio, de familiares e de uma corriola de
beneficiários.
"O povo chegou à
Prefeitura de Mossoró", escreveu o novo prefeito em borrão sobre a mesa em
que trabalhará no Palácio da Resistência.
Assim esperamos!
Do Blog do Carlos Santos
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