O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar nesta segunda-feira (1º/2) a política de fechamento da economia. Em conversa com apoiadores, ele disse que são consequências dessa política a destruição da economia e o aumento do número de desempregados.
“O recado que eu posso
dar é o seguinte: cada vez mais se comprova que a política do fique em casa
destrói a economia, inunda o Brasil de desempregados, vem a inflação, o aumento
de preço e não pode continuar culpando o presidente por essa política, porque
ela não é minha. Fique em casa nunca foi nem nunca será política minha”, disse
o presidente na saída do Palácio da Alvorada.
O mandatário também fez
menção, embora sem citar nomes, ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
e ao prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), que implementaram
medidas de restrição da circulação e fechamento da economia. Em dezembro de
2020, Doria foi reprovado pela opinião pública após endurecer a quarentena por
todo o estado de São Paulo e, então, viajar para Miami.
A reação da população,
aliada ao adoecimento do vice-governador do estado, Rodrigo Garcia (DEM), fez
com que Doria retornasse ao Brasil e fizesse um pedido público de desculpas.
Covas tem sido alvo de
críticas por ter comparecido à partida entre Santos e Palmeiras no sábado
(30/1), no Maracanã. A convite das instituições organizadoras da Copa
Libertadores da América, Covas deixou São Paulo e viajou ao Rio de Janeiro com
seu filho ver a derrota de seu time, o Santos, para o Palmeiras na final. São
Paulo está na fase vermelha, em uma quarentena mais rígida, com a circulação
restrita nos fins de semana e durante as noites.
“Fica em casa é para
uns; [para] outros é Miami e Maracanã. Aí não dá, né?”, alfinetou Bolsonaro.
Aliança pelo Brasil
A apoiadores que
questionaram sobre a formação do Aliança pelo Brasil, Bolsonaro disse que será
preciso pensar em uma alternativa para as próximas eleições. A intenção de
criar o partido foi anunciada pelo presidente após sua saída conturbada do PSL
em novembro de 2019.
“Vai ser difícil formar
o partido, vai ser difícil, [tem] problema burocrático, então tem que pensar
numa outra alternativa aí”, afirmou.
Na semana passada,
Bolsonaro admitiu que pode ter que se filiar a outra legenda para disputar a
reeleição em 2022. Segundo ele, a decisão sobre o partido para o qual irá será
tomada em março.
“Agora estamos tendo
tempo para discutir esse assunto. Em 2018, não deu tempo”, prosseguiu.
Metrópoles
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