Durante esta semana, a CPI da Pandemia fará audiências que voltam as atenções para o tema da chegada de vacinas ao Brasil. A comissão ouvirá a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela autorização para uso de imunizantes no país, e a Pfizer, empresa americana cujas vacinas foram rejeitadas pelo governo federal em 2020.
Na terça-feira (11), a
comissão recebe Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa. A agência
deu início às aprovações de vacinas em janeiro, com autorização emergencial
para a chinesa CoronaVac, e até agora já liberou o uso de quatro imunizantes: além
da CoronaVac, as vacinas da Janssen, da Oxford/Astrazeneca e da Pfizer. Apenas
as duas últimas têm registro definitivo, enquanto as outras se baseiam em
autorização emergencial.
Recentemente, a Anvisa
foi criticada por impedir a distribuição da vacina russa Sputnik V, alegando
falhas no processo de produção. A CPI requisitou que a agência apresentasse
atas e registros em vídeo das suas reuniões em que se tratou da Sputnik V.
Antônio Barra Torres é
oficial de reserva da Marinha, onde alcançou o posto de contra-almirante. Ele é
formado em medicina, foi diretor do Centro de Perícias Médicas e do Centro
Médico Assistencial da Marinha e instrutor na Santa Casa de Misericórdia do Rio
de Janeiro (RJ). Atua como diretor-presidente da Anvisa desde o início de 2020,
mas já integrava a diretoria da agência desde 2019.
Pfizer
Na quinta-feira (13) a
CPI receberá Marta Díez, presidente da subsidiária brasileira da Pfizer. A
empresa farmacêutica recentemente entregou cerca de 1 milhão de doses ao
Brasil, mas já negociava com o governo brasileiro desde o ano passado. Segundo
relatos da companhia, o governo rejeitou as primeiras ofertas. A vacina da
Pfizer foi a primeira a obter registro definitivo na Anvisa, no final de
fevereiro.
Também sobre as
negociações com a Pfizer, a CPI ouvirá na quarta-feira (12) o ex-ministro da
Secretaria de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten, que
deixou o cargo no início de março. Em entrevista concedida algumas semanas
depois, Wajngarten atribuiu ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a
responsabilidade pelo encerramento das negociações com a farmacêutica.
Pazuello será ouvido
pela CPI no próximo dia 19. Seu depoimento seria na semana passada, mas foi
adiado após ele informar que teve contato com casos confirmados de covid-19.
0 comentários:
Postar um comentário