Nesta sexta-feira, em Viena, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, encorajou os países ricos a doarem o excedente de seus estoques de vacinas contra Covid-19 ao Covax, programa de distribuição de imunizantes para os países mais pobres, em vez de seguir aplicando as doses em grupos de baixo risco, como adolescentes e crianças. O Brasil deverá receber cerca de 42 milhões de doses do consórcio até o fim do ano.
A razão, segundo
Tedros, é muito simples: “Em países de
renda baixa e média-baixa, o suprimento de vacinas não tem sido suficiente nem
mesmo para imunizar os profissionais de saúde, e os hospitais estão sendo
inundados com pessoas que precisam urgentemente de cuidados que salvam vidas”.
Quase 1,4 bilhão de
doses de vacinas Covid-19 foram aplicadas em pelo menos 210 territórios ao
redor do mundo. Cerca de 44% delas foram administradas em países de alta renda,
representando 16% da população global. Apenas 0,3% foram administrados nos 29
países de renda mais baixa, onde vivem 9% da população mundial.
A OMS espera que mais
países sigam a França e a Suécia na doação de vacinas para a Covax após
inocular suas populações prioritárias, para ajudar a resolver um abismo nas
taxas de vacinação. Canadá e Estados Unidos estão entre os países que
autorizaram vacinas para uso em adolescentes nas últimas semanas.
O conselheiro da OMS,
Bruce Aylward, disse que a entidade está em contato com os EUA para analisar o
compartilhamento de vacinas com o Covax. “Eles reconhecem que compartilhar
essas doses pode ajudar a garantir um maior impacto geral”, disse Aylward
durante o evento em Viena. “Eles querem estar prontos quando as doses estiverem
prontas. Estamos trabalhando em paralelo.”
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