O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teve um lucro líquido recorde de R$ 12,9 bilhões no 1º trimestre de 2022. O resultado foi publicado nesta quinta-feira (12).
O lucro é 32% maior que
o registrado no mesmo período de 2021 e o melhor para um trimestre da história
do BNDES. O resultado foi influenciado pela venda de ações da JBS e do
recebimento de dividendos da Petrobras.
O BNDES disse que,
mesmo excluindo fatores não recorrentes como as operações de desinvestimento da
carteira de renda variável, o banco registrou um lucro líquido recorrente de R$
5,5 bilhões no 1º trimestre. O resultado é 128% maior que o do mesmo período de
2021.
O resultado recorrente
foi puxado pelo recebimento de dividendos e do aumento dos produtos de
intermediação financeira. O produto de intermediação financeira atingiu R$ 4,9
bilhões no trimestre, impactado pela alta da taxa básica de juros, a Selic.
Segundo o presidente do
BNDES, Gustavo Montezano, o resultado do 1º trimestre reflete a estratégia do
banco de reduzir a exposição em fatores de risco para investir em produtos
inovadores e de mais impacto para a sociedade.
“Os resultados
continuam estáveis, robustos e sólidos, na linha do que vem implementando de
redução do risco de mercado da carteira de ações para uma atuação de mais
impacto na ponta e diversificação da atuação do banco em produtos e serviços”,
afirmou Montezano.
A carteira de crédito
do BNDES alcançou R$ 442,9 bilhões no 1º trimestre. Os desembolsos foram de R$
14,8 bilhões no período e 39,2% desse valor foi destinado ao financiamento da
infraestrutura.
PAGAMENTOS AO TESOUROO
BNDES pagou R$ 3,6
bilhões ao Tesouro Nacional nos 4 primeiros meses de 2022. Desse valor, R$ 1,6
bilhão diz respeito ao acórdão firmado com o TCU (Tribunal de Contas da União)
para a devolução de empréstimos tido como irregulares que foram contraídos de
2009 a 2014.
Além disso, o BNDES já
aprovou o pagamento de mais R$ 17,3 bilhões ao Tesouro. O pagamento só aguarda
aprovação do Banco Central e do Ministério da Economia para ser efetivado.
No total, o banco
espera pagar R$ 34,3 bilhões ao Tesouro em 2022. Gustavo Montezano disse que o
banco está “cumprindo na vírgula o acórdão” firmado com o TCU.
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