O município de Umarizal (RN), localizado a 405 km da capital potiguar, também já recebeu os nomes ‘Gavião’ e ‘Divinópolis’. Mesmo tendo recebido nomes diferentes, se existe algo que permanece ao longo dos 63 anos da sua história é a forte expressão da cultura popular, seja por meio da literatura em cordel, de companhias de teatro locais, como a Arte&Riso, ou outras variadas formas de tradição resguardadas na memória dos habitantes. Pensando nisso, o programa Trilhas Potiguares, que neste ano contempla o município, vai realizar ações voltadas ao fortalecimento da cultura, além de atividades nos eixos do turismo, educação, meio ambiente e trabalho, por meio da economia criativa.
O diagnóstico na cidade
foi realizado entre o final do mês de abril e início de maio. O próximo passo é
realizar uma reunião de planejamento para delimitar as atividades que serão
realizadas nas escolas, associações e espaços abertos. “É uma ação que vislumbra potencializar o desenvolvimento local do
município, ressignificando os valores, as crenças, os costumes, hábitos e
pontos turísticos na medida em que promove as competências e a habilidades dos
estudantes participantes no aspecto da extensão e realização da pesquisa
etnográfica”, afirma a professora Maria Aparecida Vieira de Melo,
coordenadora da iniciativa em Umarizal.
Na cultura, eixo
central, serão realizadas investigações a partir dos espaços públicos da
cidade, visando registrar todas as produções literárias que estão sendo
desenvolvidas em gêneros como poesia, literatura do cordel e cartas
pedagógicas. A atividade dialoga com o planejamento voltado à educação, no qual
o projeto pretende fomentar a contação de histórias e resgate de brincadeiras
tradicionais no nível fundamental das escolas municipais.
Aliado a isso, tanto o
óleo de cozinha das instituições de ensino quanto de restaurantes vai ser
coletado e reaproveitado em oficinas de saponificação, favorecendo o campo do
meio ambiente.
No segmento da
economia, destaca-se a execução de atividades ligadas ao marketing do microempreendedor
como, por exemplo, oficinas e capacitação sobre a edição de vídeos no celular.
De acordo com a coordenação do Trilhas em Umarizal, isso vai gerar muita
expectativa em relação a geração de renda. Outra demanda semelhante apresentada
no diagnóstico foi a necessidade de ações para melhorar a renda, autoestima e
visibilidade do trabalho dos catadores do município.
Para possibilitar as
ações, o projeto conta com duas coordenadoras e alunos da UFRN distribuídos nos
cursos de Artes Visuais, Ciências Biológicas, Ecologia, Nutrição, Letras e
estudantes da Residência Multiprofissional em Atenção Básica. Ao todo, a equipe
já realizou cinco reuniões no formato híbrido para discutir sobre o Trilhas em
Umarizal e as atividades foram
distribuídas conforme o curso e as habilidades apresentadas por cada discente.
Da UFRN
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