Em março, Lula acionou a Justiça para cobrar explicações do padre Edison Geraldo Bovo que o rotulou de “o maior ladrão que o mundo já viu”, durante uma missa na paróquia de Laranjal Paulista (SP).
“O maior ladrão que o
mundo já viu, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, né. Coitada da família dele,
dos pais, da mãe que tem vergonha disso. Onde você pesquisar no mundo, é o
pior… a mas é a corja toda”, disse o padre.
Diante das falas do
padre, os advogados de Lula acionaram a Justiça para que o padre respondesse,
em 48 horas, uma série de perguntas. “Considerando que a existência de tais
falas são incontroversas – porquanto registradas e documentadas em arquivo
audiovisual -, é imprescindível que o Requerido esclareça se, com tais frases e
alusões, pretendeu imputar crimes e condutas ilícitas ou mesmo ofender
gratuitamente a reputação e a dignidade do Requerente, dado que tais imputações
– se confirmada ou não respondidas – constituem fatos que ferem a honra
subjetiva e objetiva do Requerente”, dizem os advogados de Lula no processo.
O padre respondeu: “Por
maior que seja a boa vontade da qual todas as almas são merecedoras, forçoso é
reconhecer que em verdade, muito embora não se possa falar em condenação
criminal vigente contra o Sr. Ex-Presidente da República, não é possível
reconhecê-lo como ‘absolvido’ quando, em verdade, notícias dão conta da perda
do direito do Estado de punir por força do advento da prescrição”.
E negou que tenha
discriminado Lula por seu passado, lembrando que ele, um padre, tem projetos de
reinserção social para criminosos: “Trata-se de um Padre, um indivíduo que
direcionou sua vida para o próximo e que, ao contrário do que parece crer o Sr.
Ex-Presidente, não é voltado a discriminar pessoas comuns por seus respectivos
passados, haja vista que inclusive é responsável por projetos de reinserção
social, bem como da entrega de certificados e promoção do curso denominado
Introdução à Justiça Restaurativa e Processo Circular”.
Recentemente, Lula
desistiu do processo, deixando de atender às intimações da Justiça. Deve dar
azar brigar com o divino às vésperas da campanha eleitoral.
Veja
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