Desde que a UFRN adotou as bancas de heteroidentificação para avaliar os alunos que ingressaram no Sisu por meio de cotas raciais, 569 estudantes já tiveram suas matrículas negadas na universidade, antes mesmo de conseguirem entrar. Outros 11, que já estavam matriculados antes da instauração das bancas, foram desligados depois que foram denunciados na Ouvidoria da instituição e reprovados na avaliação dos membros da banca. Destes, dois conseguiram retornar à universidade por meio de decisões judiciais.
A banda de
heteroidentificação começou a funcionar na UFRN a partir do Sisu 2021. No ano
anterior, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFRN aprovou,
em setembro, os procedimentos de heteroidentificação nos processos seletivos
para cursos técnicos de nível médio, de graduação e de pós-graduação. Desde
então, para ingressar via Sisu, os candidatos autodeclarados pretos ou pardos
devem enviar um vídeo individual, que é analisado por uma banca composta por
três membros.
Essas bancas de heteroidentificação
são formadas por integrantes da Comissão de Heteroidentificação, composta por
servidores e estudantes da UFRN que passaram por capacitação para participar
das bancas nos processos seletivos da Universidade, assim como na avaliação de
denúncias realizadas à Ouvidoria da UFRN.
No Sisu de 2021, houve o
total de 2.967 candidatos analisados e, destes, o parecer foi desfavorável para
219 pessoas. No Sisu 2022, foram emitidos 350 pareceres desfavoráveis entre os
2.790 candidatos analisados.
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