A dívida bruta do país
chegou a R$ 7,3 trilhões em outubro, segundo dados oficiais do BC (Banco
Central). O valor corresponde a 76,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Os
títulos já estão precificados. Mas, ao resgatar e fazer nova emissão, será
preciso pagar taxas maiores aos credores. Houve alta de 2,01 pontos percentuais
a 2,21 p.p. dependendo do prazo.
O crédito encarece para o
governo e para as empresas, que terão que pagar mais para novos empréstimos ou
renovar os que têm. Por isso, tendem a investir menos.
Os juros futuros do
Brasil subiram desde 28 de outubro, dia útil véspera das eleições de 2022. Os
contratos com vencimento em janeiro de 2025, por exemplo, subiram de 11,82%
para 13,92%, uma alta de 2,1 pontos percentuais. Já os contratos com vencimento
em janeiro de 2027 subiram de 11,65% para 13,60%, alta de 1,85 pontos
percentuais.
Na prática, o aumento das
cotações dos juros futuros encarece a dívida pública no longo prazo. A alta das
taxas se deve a alguns fatores, mas a principal delas é a PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) fura-teto. O governo apoia o texto que permite tirar R$
200 bilhões da regra do teto de gastos. Os agentes econômicos avaliam que
haverá um desequilibro nas contas públicas, o que torna o país um lugar de
maior risco.
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