Pouco (ou nada) se sabe sobre o futuro da Petrobras, companhia que tem o governo como seu maior acionista. Com a mudança na cadeira presidencial, é possível, e bastante provável, que a empresa também sofra uma radical virada em seu comando.
Embora a visibilidade
sobre os rumos da Petrobras seja “a menor em anos”, o banco BTG Pactual tem um
palpite sobre o que pode acontecer.
A julgar pelo que tem
sido dito pela equipe de transição de Lula, a petroleira deve mudar sua
política de preços, abandonando total ou parcialmente a paridade com o
exterior, além de fechar a torneira de distribuição de dividendos aos
acionistas.
Na prática, isso reduzirá
o retorno dos dividendos (medido por um indicador do mercado financeiro chamado
dividend yield, que calcula a proporção de distribuição de lucros em relação ao
preço da ação) de 27% para 11%.
“Comentários recentes de
Jean Paul Prates, coordenador de energia no governo de transição e cotado a
novo CEO da Petrobras, nos levam a crer que o pagamento de lucros será reduzido
para 25%, que é o valor mínimo exigido pela legislação brasileira para
companhias abertas”, dizem os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, do BTG,
em relatório.
A influência na política
de preços, que pode reduzir as receitas da Petrobras em médio e longo prazo, e
a mudança nos dividendos devem derrubar as ações da petroleira, negociadas com
os códigos PETR3 e PETR4, em até 40% na Bolsa de Valores brasileira.
Metrópoles
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