Especialistas ouvidos pelo R7 consideram uma “decepção” o pacote econômico anunciado nesta quinta-feira (11) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir o rombo de R$ 231,5 bilhões nas contas do governo.
O déficit bilionário está
previsto no Orçamento de 2023, mas, alega Haddad, as medidas provisórias e
portarias divulgadas vão ajudar o governo a reverter a situação e a terminar o
ano com o saldo positivo de R$ 11,13 bilhões.
Na avaliação do
economista Antônio da Luz, “toda vez que o governo gasta mais do que arrecada,
só tem duas formas de resolver: ou aumenta a dívida e passa o problema para as
gerações futuras, ou aumenta os impostos”.
“O governo deveria
estar focado em reduzir o gasto público. Aprovou a PEC supostamente para o
Bolsa Família, e agora existe incerteza sobre o salário mínimo, mas o aumento
[salarial] do STF, com aumento cascata, foi de 18%. Isso é uma decepção”,
avaliou da Luz.
Promessa de campanha
O atual valor do salário
mínimo é de R$ 1.302, graças a uma medida provisória assinada pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022. Apesar da não confirmação do
reajuste de R$ 1.320, Haddad afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) não descumpriu a promessa de campanha, já que a quantia de R$ 1.302 está
acima da inflação.
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