O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se queixado de disputas de bastidor pela sucessão do ministro Ricardo Lewandowski no STF (Supremo Tribunal Federal). O magistrado deixará a corte no dia 11 de maio, quando completará 75 anos, em razão de sua aposentadoria compulsória.
Em conversas reservadas,
relatadas à CNN, Lula tem avaliado que a articulação de interessados pela vaga
de Lewandowski acaba fortalecendo a escolha, neste momento, do advogado do
presidente Cristiano Zanin para o tribunal.
Nas últimas semanas,
faltando dois meses para a indicação que o presidente terá de fazer,
parlamentares e juristas intensificaram conversas com interlocutores de Lula
para a sugestão de nomes. Há também pessoas que plantam seus nomes na imprensa
como possíveis candidatos para se promoverem.
O presidente tem
repetido, segundo auxiliares do governo, que só irá se debruçar sobre o tema a
partir de abril e avaliado que, caso escolha um nome de uma corte superior,
pode correr o risco de se indispor com as demais.
Por isso, tem afirmado a
pessoas próximas que Zanin, por causa da relação pessoal que mantêm, seria um
nome mais compreendido pelos demais aspirantes ao cargo. Lula tem ressaltado,
no entanto, que, apesar de Zanin ser o favorito, não bateu ainda o martelo.
O presidente recebeu nas
últimas semanas uma sinalização do Senado Federal de que não haverá
dificuldades na aprovação do nome do advogado, caso seja indicado ao STF.
De acordo com assessores
do governo, até mesmo o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça),
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), teria indicado não ter resistência ao nome
de Zanin e que poderia adotar celeridade na marcação da sabatina.
A CCJ, comandada por
Alcolumbre, é responsável por sabatinar e aprovar o indicado ao STF antes de a
votação de seu nome acontecer no plenário do Senado por todos os senadores.
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