Das 184 secretarias que existem hoje nos ministérios da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 58 seguem vazias. A maioria à espera da resolução de disputas políticas entre partidos da base aliada e o centrão.
Ao menos outras cem
diretorias e departamentos abaixo disso também estão sem um responsável
nomeado. Os dados são de um levantamento feito pela consultoria Ética
Inteligência Política e obtidos pela CNN.
O governo se depara com a
necessidade de abrigar indicações de legendas que participaram da coalizão que
ajudou a eleger Lula no segundo turno e que, depois, votaram a favor da
aprovação de medidas de interesse do governo, como a PEC do Estouro ou a
reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado.
Assim, as nomeações para
secretarias executivas e outros órgãos dentro da Esplanada seguem reservadas
para o varejo político, a espera de que Lula e o PT consigam conciliar a
própria vontade com o apetite do Congresso Nacional.
Segundo apurou a CNN, os
nomes escolhidos para ocupar esse postos precisam passar por um crivo que
investiga eventuais problemas legais dos indicados. A averiguação, que
antigamente se restringia à busca por possíveis desvios de conduta, agora
inclui também a avaliação da presença em redes sociais, para a checagem de
preferências políticas dos candidatos.
O exemplo mais gritante é
o do Ministério das Relações Exteriores, onde nenhuma das dez secretarias teve
a nomeação publicada no Diário Oficial. No Ministério de Ciência e Tecnologia,
as quatro secretarias existentes também estão vagas.
CNN Brasil
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