Em entrevista exclusiva ao programa Caminhos com Abilio Diniz, da CNN, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que o problema do Brasil é que o país “tributa muito, cobra muito e cobra mal”, além de gastar “muito e mal”.
Tebet avaliou que o
grande desafio de 2023 é o Plano Plurianual (PPA), que, segundo ela, será feito
de forma participativa, com toda a sociedade.
De acordo com a ministra,
o PPA se tornará a “bíblia” e um “mantra” do governo.
“A partir de agora, do
mês de maio e de junho, estamos percorrendo todos os Estados e capitais
brasileiras, perguntando para as pessoas, para os conselhos e para a sociedade:
que Brasil vocês querem para os próximos quatro anos?”, disse.
Ela complementou que o
PPA será enviado ao Congresso Nacional no dia 31 de agosto, devendo ser
aprovado até o final do ano.
“Temos os eixos do
fortalecimento da democracia, o da sustentabilidade, o da diversidade, quais
são os programas nas áreas da saúde, educação, da segurança pública, da
infraestrutura”, complementou.
Ao falar sobre como o
Brasil pode crescer, citou o “cobertor curto” orçamentário que precisa “abrigar
todo mundo” e ressaltou a necessidade do Brasil de fechar parcerias com o setor
privado.
“Não podemos esquecer
que investimento público sozinho não faz o Brasil crescer. O crescimento tem
que vir com parceria da sociedade e do investimento privado, ou seja, parcerias
público-privadas, concessões, autorizações, permissões”, disse.
“Vai ser lançado o
novo PAC, que não é PAC, vai ter um novo programa a ser lançado pelo
presidente, que é justamente com o objetivo de fazer com que o Brasil volte a
crescer”, adicionou.
Tebet também explicou que
a “obsessão por crescimento” por parte do governo se deve ao fato de ser o
“crescimento que gera emprego, que gera renda, a renda que aquece a economia e
faz a economia circular”.
Ela ponderou, entretanto,
que é necessário inclusão e aumento da produtividade, pois “não adianta crescer
e deixar os ricos mais ricos e os pobres cada vez com maior dificuldade”.
Tebet pontuou também à
CNN que seu ministério engloba tanto “presente” quanto “futuro”, sendo duas
vertentes que precisam andar juntas.
A ministra destacou que o
papel da Pasta é fazer, por determinação do presidente, que o dinheiro vá
especialmente para as políticas públicas prioritárias.
Além disso, “achar espaço
fiscal para, pelo menos, cobrir os programas sociais elementares, já ir
pensando a médio prazo, já a partir do ano que vem, de que forma vamos ser
eficientes com as políticas públicas”, adicionou.
Tebet também citou que
foi criada uma secretaria de avaliação de políticas públicas.
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