O tribunal se prepara para empossar, em 28 de setembro, um novo presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, no lugar da ministra Rosa Weber, cuja maneira de se relacionar com diferentes interlocutores, em praticamente tudo, contrasta com sua antecessora.
Ao assumir, como tem dito
em muitas de suas palestras, deverá dar ênfase à ideia de que é preciso
explicar melhor à sociedade o funcionamento da Justiça e o papel do STF,
assinalando que é preciso trabalhar de maneira mais ágil e ampliar a
interlocução seja com a sociedade civil, com o Congresso Nacional e com a
iniciativa privada. “Quero falar do MST à CNI”, costuma dizer o ministro aos
seus interlocutores mais próximos em referência ao Movimento dos Sem Terras,
que no governo Lula voltou com as invasões inclusive a centro de pesquisa da
Embrapa, e à Confederação Nacional da Indústria.
Passados o primeiro e o
segundo turnos da eleição presidencial, Barroso, em manifestações públicas,
assinalou a tranquilidade com que o pleito aconteceu, o que, em sua opinião,
foi mais uma demonstração da importância de o STF e o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) terem se mantido firmes na defesa da urna eletrônica.
A convicção, conforme o
Estadão, aumentou após a tentativa de golpe do 8 de janeiro, quando arruaceiros
invadiram as sedes dos Três Poderes. Muitos ministros chegaram a comparar esse
cenário com a hipótese do que poderia ter acontecido nos dias da eleição se
houvesse cédulas em papel, como reivindicava o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nessa perspectiva, muitos acreditam que poderiam ter havido tumultos e
quebra-quebra em importantes seções eleitorais, de maneira a deixar sob
suspeita ou até anular o resultado do pleito.
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