A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, defendeu o fim da Justiça Eleitoral durante debate sobre a PEC da Anistia. Para Gleisi, os tribunais eleitorais brasileiros “aplicam penas inexequíveis, que não são pedagógicas e inviabilizam os partidos”. A parlamentar defende a PEC da Anistia, que é criticada por boa parte da bancada feminina na Câmara por não prever uma paridade entre homens e mulheres no número de cadeiras no legislativo. Gleisi também questionou os gastos com a Justiça Eleitoral.
“Eu queria falar das
multas dos tribunais eleitorais, que não são exequíveis e trazem a visão
subjetiva da equipe técnica do tribunal, que sistematicamente entra na vida dos
partidos políticos, querendo dar orientação, interpretando a vontade de
dirigentes, a vontade de candidatos. Isto inviabiliza os partidos. Não pode
haver uma Justiça Eleitoral. Isto já é um absurdo e custa três vezes mais do
que o financiamento de campanha. Talvez precisemos olhar aí para mudar. Uma
multa precisa ser pedagógica. A multa tem que trazer sanção política”
afirmou.
A fala de Gleisi foi
ironizada por parlamentares de direita, como o deputado Éder Mauro (PL-PA), que
lembraram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era um dos maiores críticos
da Justiça Eleitoral e, durante a campanha, chegou a questionar a lisura do
processo de apuração dos votos.
Procurada em relação ao
tema, Gleisi ainda não respondeu à reportagem.
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