A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou uma proposta polêmica na manhã da quinta-feira (9). De autoria do deputado Coronel Azevedo (PL), um projeto de lei que determina o uso da “norma culta da língua portuguesa nas escolas do Rio Grande do Norte” foi aprovado. Na prática, a medida, caso passe a vigorar, proíbe o uso de linguagem neutra em sala de aula. A matéria, porém, ainda será submetida à análise do Poder Executivo e há controvérsias sobre a constitucionalidade.
Em sua justificativa,
Coronel Azevedo disse que, “em suas relações pessoais, qualquer cidadão pode
usar as expressões que quiser”. “Somos livres e vivemos em uma democracia, e
eu respeito e trabalho pela liberdade”, disse o deputado. Porém, para ele,
o uso da linguagem neutra em escolas ou ambientes da administração pública em
geral “fere a linguagem formal brasileira e essa lei protege o avanço desses
modismos contra os alicerces da cultura de um povo”. “A língua brasileira
formal é um alicerce da cultura do povo brasileiro”, defendeu o deputado.
“A Academia Brasileira
de Letras é contra a linguagem neutra. O Brasil é signatário de um tratado para
a defesa do idioma oficial português. O idioma é uma ferramenta de
desenvolvimento econômico e social do Brasil. A linguagem neutra prejudica os
cegos, prejudica os surdos, prejudica os disléxicos, prejudica o funcionamento
dos aplicativos de celular. A França proibiu a linguagem neutra. A Espanha, o
Uruguai e a Argentina proibiram o uso da linguagem neutra. Os modismos e a
lacração não podem acabar com uma ferramenta tão importante de desenvolvimento
econômico como é o nosso idioma.”, defendeu Coronel Azevedo.
0 comentários:
Postar um comentário