Diante da posição de Lula de não se retratar da declaração em que comparou a guerra de Israel contra o Hamas com o Holocausto, o governo de Israel vai manter o presidente brasileiro como persona non grata e avaliar os próximos movimentos.
Oficialmente, o
Ministério das Relações Exteriores de Israel informou à CNN na manhã desta
terça-feira (20) que não há mudança na posição e que a posição anunciada pelo
ministro Israel Katz na segunda-feira (19) de que Lula é persona non grata
continua.
Uma fonte da diplomacia
israelense afirmou à CNN que neste momento não estão previstas medidas
adicionais, como por exemplo a suspensão de relações diplomáticas.
Não há interesse de
Israel, segundo relatos à CNN, de que a crise evolua para esse ponto.
Integrantes do governo do país disseram diferenciar o que é uma posição do
governo da posição da população.
Mas dizem por outro lado
que medidas adicionais podem ser tomadas a depender das próximas posições e
manifestações do presidente Lula sobre o conflito em Gaza.
A leitura, segundo outra
fonte diplomática de Israel, é de que Lula não se retratar é um erro que tira o
Brasil da condição de país neutro e equilibrado que costumava ter
historicamente ao tratar do conflito árabe-israelense.
Também foi avaliado à CNN
que a manutenção da posição coloca o Brasil distante de países do mundo livre
como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França e que pode haver um
crescimento do antissemitismo no país.
Consultadas pela CNN
sobre a avaliação de Israel, fontes diplomáticas brasileiras disseram não
concordar com a leitura.
CNN
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