O governo acelerou a liberação de emendas ao Congresso nesta semana, às vésperas da sessão que analisará vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar disso, o ritmo dos
repasses ainda gera críticas, especialmente na Câmara dos Deputados, onde o
desgaste com o Palácio do Planalto tem sido maior. Por isso, mesmo líderes
aliados a Lula reconhecem que há risco de o governo sofrer derrotas nas votações
de vetos.
Uma delas poderá impor ao
presidente um cronograma para liberação de emendas, o que reduz a margem para a
articulação política do governo usar esses recursos como moeda de troca com
parlamentares.
Nesta segunda-feira (22),
foram liberados mais cerca de R$ 2,7 bilhões em emendas. Com isso, já foram
autorizados R$ 5,5 bilhões a deputados e senadores neste ano.
“Há um objetivo claro do
governo em acelerar a execução para a gente manter esse ritmo de retomada da
economia e ritmo da execução dos programas”, disse nesta segunda-feira o
ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação
política e gestão das emendas.
Pelos números
apresentados por ele, mais R$ 1 bilhão devem ser repassados nesta semana.
Recentemente, Padilha
protagonizou um mal-estar público com o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), que o chamou de “incompetente”.
Sessão nesta quarta
A liberação também
acontece às vésperas de uma sessão do Congresso, em que deputados e senadores
devem analisar os vetos presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
ao Orçamento de 2024.
A sessão está marcada
para quarta-feira (24), mas aliados do governo tentam adiar a votação, que é
prorrogada há semanas. O risco de derrota de Lula e a falta de acordo sobre os
vetos é o principal motivo para eventual adiamento.
O Congresso aprovou, no
fim do ano passado, dispositivos na LDO para que o Palácio do Planalto fosse
obrigado a pagar, até fim de junho, uma parte das emendas na área de saúde e
assistência social.
Lula vetou esses trechos,
que davam segurança aos parlamentares de que esses recursos seriam liberados
ainda no primeiro semestre – demanda que ganha um peso extra em ano eleitoral,
quando o empenho das emendas só pode acontecer até o dia 30 de junho.
g1
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