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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Dólar se mantém acima de R$ 6 mesmo com leilão do Banco Central para tentar conter a sequência recente de altas

O dólar opera em alta firme nesta segunda-feira (16), conforme investidores continuam a monitorar o quadro fiscal do país. Com a maior aversão ao risco no mercado, a moeda chegou a bater R$ 6,09 na primeira metade do pregão, mas arrefeceu após o Banco Central (BC) realizar um leilão além do que estava programado, para tentar conter a sequência recente de altas.

Na sexta-feira (13), o BC havia anunciado um leilão de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra. Essa modalidade, que também é chamada de leilão de linha, funciona como se fosse um “empréstimo” de dólares do BC para as instituições financeiras.

Na prática, o leilão serve para injetar dólares no mercado para suprir a maior demanda pela moeda e fazer com que, assim, a cotação diminua.

Além disso, o BC também fez um leilão extra de dólares no mercado à vista, ou seja, em um leilão que não exige a recompra da moeda pela instituição. Nesse leilão, foram vendidos US$ 1,63 bilhão ao mercado financeiro. Essa foi a maior intervenção feita pelo BC no mercado à vista desde 2020.

As medidas levaram a cotação de volta para a casa dos R$ 6,04, mas a moeda americana voltou a subir no fim da manhã.

O mercado aguarda nesta semana uma série de divulgações econômicas importantes. Entre os indicadores do dia, destaque para o boletim Focus desta segunda-feira. Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central passaram a traçar estimativas de juros maiores nos próximos anos, além de uma inflação mais alta em 2024 e 2025.

Além da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira, espera-se também a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para definição das novas taxas de juros americanas. Na quinta, sai o relatório trimestral de inflação.

Ainda no cenário doméstico, investidores continuaram a monitorar o noticiário, em meio às preocupações com a desidratação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional.

g1

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