Com a criação do IVA (Imposto Sobre Valor Agregado), o Brasil pode ter o maior imposto sobre o consumo do mundo. Segundo a projeção do governo federal, a alíquota padrão do IVA deve ficar em torno de 28%. Atualmente, o país com a maior taxa é a Hungria, com 27%, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e a União Europeia
O IVA será implementado a
partir do ano que vem. Ele foi instituído pela reforma tributária aprovada pelo
Congresso Nacional. Nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva sancionou a lei que regulamentou as normas que vão alterar a cobrança de
impostos sobre o consumo.
Segundo a reforma, o IVA
será composto pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), tributo federal, e
o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de competência dos estados e dos
municípios. Esses impostos vão substituir os atuais tributos sobre o consumo:
PIS, Cofins, ICMS, ISS, e IPI.
O novo sistema de
impostos passará por um teste em 2026. De 2027 a 2033, será feita uma transição
gradual para os tributos que compõem o IVA.
A alíquota padrão do IVA
será aplicada aos bens e serviços que não tiveram nenhum tratamento favorecido
pela reforma tributária. Segundo o secretário extraordinário da reforma,
Bernard Appy, nos próximos dias o governo federal vai divulgar a futura alíquota
padrão sobre o consumo, que segundo ele deve ficar em torno de 28%.
Segundo o secretário, as
mudanças que mais pesariam na alíquota foram rejeitadas na Câmara e, portanto,
provavelmente, ela ficará em torno de 28%.
Apesar disso, Appy
destacou que a estimativa de que a alíquota padrão seja na casa de 28% se trata
apenas de uma “projeção”. “A projeção dos dados que temos hoje aponta para
alíquota de 28%, não quer dizer que será essa”, disse.
Questionado sobre o teto
da alíquota estabelecido pelo Congresso de 26,5%, Appy disse que essa questão
só terá de ser revista em 2031.
R7
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