Termina nesta 2ª feira (13.jan.2025) o prazo dado pela AGU (Advocacia Geral da União) para que a Meta explique a nova política de moderação de conteúdo. O órgão enviou, na 6ª feira (10.jan), uma notificação extrajudicial solicitando as informações em até 72h. Eis a íntegra (PDF – 486 kB).
A empresa decidiu acabar
com o seu sistema de verificação de fatos e suspendeu as restrições a
publicações nas suas redes sociais Facebook e Instagram. A decisão foi
anunciada pelo criador da big tech, Mark Zuckerberg, em um vídeo postado em 7
de janeiro.
As redes sociais da big
tech também exibirão mais conteúdo de política nos feeds dos usuários e
passarão a moderar os conteúdos reportados como nocivos só quando indicado
pelos usuários.
As mudanças já estão em
vigor e devem se intensificar nas próximas semanas, segundo anúncio do diretor
do Instagram, Adam Mosseri.
Ao dizer que enviaria a
notificação extrajudicial à empresa, o advogado-geral da União, Jorge Messias,
afirmou que a multinacional é uma “biruta de aeroporto” e que as novas
diretrizes não estão claras desde o anúncio.
“A enorme preocupação
do governo brasileiro com a política adotada pela empresa Meta, que parece com
a biruta de aeroporto, o tempo todo muda de posição ao sabor dos ventos. Eu
quero dizer para essa empresa que a sociedade brasileira não ficará à mercê desse
tipo de política”, disse.
Segundo o ministro da
AGU, ainda não está sobre a mesa do governo uma possível suspensão das
plataformas no Brasil. Ele afirmou, entretanto, que, caso a resposta da Meta
não seja satisfatória, poderá entrar na Justiça contra a empresa.
“Isso [suspensão] não
está em discussão neste momento, o que nós estamos discutindo é qual a política
de proteção às populações vulneráveis à garantia dos direitos fundamentais que
essa empresa vai adotar. Essa é a questão fundamental, porque a empresa, quando
mudou sua política, ela não foi transparente e ela não informou ao governo e à
sociedade brasileira como ela deve se portar daqui para frente”, declarou.
Para Messias, a principal
preocupação do governo é com crianças e adolescentes, populações vulneráveis e
com pequenos comerciantes que utilizam as plataformas da Meta diariamente.
Poder 360
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