Pesquisa Datafolha divulgada na noite de sexta-feira, 4, mostra que o índice de desaprovação do presidente Lula (PT) ainda supera o de aprovação.
O número de brasileiros
que veem o governo como ruim ou péssimo é de 38% — ante 41% na pesquisa
anterior. Outros 32% classificam a administração como regular.
Lula apresentou uma leve
melhora na avaliação do governo. A parcela da população que considera sua
gestão ótima ou boa subiu de 24%, em fevereiro, para 29%.
O levantamento ouviu
3.054 pessoas com 16 anos ou mais em 172 municípios, entre os dias 1º e 3 de
abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Mesmo com a oscilação
positiva, os números seguem entre os piores do terceiro mandato de Lula. Desde
o início do atual governo, esta é a primeira vez que a aprovação fica abaixo da
reprovação em duas pesquisas consecutivas.
O Datafolha também
perguntou se os entrevistados aprovam ou desaprovam o governo Lula. O resultado
aponta um empate técnico: 49% desaprovam, 48% aprovam e 3% não souberam
responder.
Expectativa para o futuro
Ainda segundo o
Datafolha, a expectativa para o futuro do governo Lula não melhorou.
Questionados sobre como
será a gestão daqui para frente, 35% disseram acreditar que será ótima ou boa,
enquanto outros 35% preveem um governo ruim ou péssimo.
Já 28% acham que será
regular.
É a primeira vez que o
prognóstico positivo não supera numericamente o negativo.
O pessimismo também
cresceu quando os entrevistados foram questionados sobre o impacto do governo
em suas vidas. Para 29%, a vida piorou desde a posse de Lula — em julho do ano
passado, esse percentual era de 23%.
Já os que dizem ter
melhorado ficaram em 28%, oscilando dentro da margem de erro (eram 26%). A
maior parte, 42%, afirma que a vida permaneceu igual, ante 51% em julho de
2023.
Lula precisa falar mais?
Pesquisa Genial/Quaest
divulgada na quarta-feira, 2, indica que quanto mais Lula (PT) aparece, pior
fica a sua aprovação perante o eleitorado brasileiro.
Quando demitiu Paulo
Pimenta da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e colocou o marqueteiro
Sidônio Palmeira no lugar, o Planalto apontou como um dos motivos a falta de
exposição.
A primeira-dama Janja,
que tenta impor a própria visão de comunicação institucional no governo,
acredita que o marido precisa aparecer mais e ser mais combativo nas redes
sociais.
Lula também falou sobre
um “erro” do governo na comunicação durante um seminário do PT em dezembro,
sugerindo que precisava falar mais.
“Eu quero dizer para
vocês que há um erro, um equívoco meu na comunicação. O [Ricardo] Stuckert
costuma dizer ‘presidente, o senhor é o maior comunicador do nosso partido, o
senhor tem que falar mais’. E a verdade é que eu não tenho organizado as
entrevistas coletivas, elas não têm sido organizadas”, afirmou.
O Antagonista
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