Robinson Faria mostrou,
nesta segunda-feira (14), que não tem compromisso algum com a base que o elegeu
— muito menos com Jair Bolsonaro, a quem deve praticamente toda a sua
relevância política nos últimos anos.
Enquanto 262 deputados
federais assinaram o pedido de urgência para votar a anistia aos envolvidos nos
atos de 8 de janeiro, Robinson simplesmente se omitiu. Pior: se escondeu. Não
teve coragem de se posicionar ao lado dos conservadores, como fizeram Carla
Dickson, General Girão e Sargento Gonçalves. Preferiu ficar em cima do muro —
ou melhor, pular para o lado mais confortável do sistema que ele dizia
combater.
E é aí que está a
traição. Robinson foi eleito com a força de Bolsonaro, se beneficiou
diretamente do prestígio do ex-presidente, e ainda viu seu filho, Fábio Faria,
virar ministro de Estado. Isso não é pouca coisa. É capital político, é
visibilidade, é influência. E como ele retribui? Com silêncio e covardia.
É o típico caso de quem
come da mesa, se farta do banquete — e depois cospe no prato. Para muitos
bolsonaristas, Robinson não apenas decepcionou: ele se revelou. A máscara caiu.
Se alguém ainda tinha
dúvidas de que Robinson joga por conveniência, a resposta está aí. Quando é
para posar de aliado, está sorrindo ao lado de Bolsonaro. Mas quando é hora de
assumir posição firme e corajosa, some. Traição não é apenas votar contra — às
vezes, é simplesmente calar no momento em que mais se espera lealdade.
O povo potiguar não é
bobo. E a conta dessa omissão vai chegar.
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